Caderno de Resumos


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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS – DHRI
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA – PPHR


I Encontro Discente de Pesquisadores em História Antiga e Medieval do
PPHR/UFRRJ.

SEROPÉDICA, RJ, 2015.

  




CATALOGAÇÃO




Caderno de Resumos: I Encontro Discente de Pesquisadores em História Antiga e Medieval do PPHR/UFRRJ. Organizadores: Danielle de Oliveira dos Santos Silva, Henrique dias Sobral Silva, João Guilherme Lisbôa Rangel, Keila Natacha Silva de Lima, Natanael de Freitas Silva, Pamela Peres Cabreira, Wendell dos Reis Veloso. Rio de Janeiro, 2015.


1.      História Antiga – Encontro Discente. 2 – História Medieval – Encontro Discente.



UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

REITORA: Ana Maria Dantas Soares
VICE-REITOR: Eduardo Mendes Callado

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
Ricardo de Oliveira

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Fábio Henrique Lopes

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA (PPHR/UFRRJ)
Coordenadora: Profª Drª Rebeca Gontijo Teixeira
Secretário: Paulo César Longarini


COMISSÃO ORGANIZADORA
Prof. João Guilherme Lisbôa Rangel (Mestrando em História pelo PPHR/UFRRJ)
Prof. Ms. Wendell dos Reis Veloso (Doutorando em História pelo PPHR/UFRRJ)

COMISSÃO EXECUTIVA
Profª. Msª. Danielle de Oliveira dos Santos Silva (Doutoranda em História pelo PPHR/UFRRJ)

Prof. Henrique dias Sobral Silva (Mestrando em História pelo PPHR/UFRRJ)

Profª. Keila Natacha Silva de Lima (Mestranda em História pelo PPHR/UFRRJ)

Prof. Natanael de Freitas Silva (Mestrando em História pelo PPHR/UFRRJ)

Profª. Pamela Peres Cabreira (Mestranda em História pelo PPHR/UFRRJ)



             


Apresentação

O I Encontro Discente de Pesquisadores em História Antiga e Medieval do Programa de Pós-Graduação em História acontecerá nos dias 24 e 25 de junho de 2015 na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - Campus Seropédica.
                                                                                             
O evento é resultado de uma iniciativa discente dos alunos do  PPHR/UFRRJ João Guilherme Rangel (turma do mestrado 2014) e Wendell Veloso (turma do doutorado 2015.1), com o apoio da coordenação do Programa de Pós-Graduação da UFRRJ e do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFRRJ.

Diante do expressivo número de alunos do PPHR/UFRRJ que desenvolvem pesquisas na grande área de História Antiga e Medieval, faz-se importante a realização de um evento organizado por e para alunos, com o objetivo de consolidar o Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro como um local de produção de pesquisas na grande área em questão, assim como estabelecer o diálogo com a produção discente de outros programas de pós-graduação.





Comissão Organizadora
 I Encontro Discente de Pesquisadores em História Antiga e Medieval

PROGRAMAÇÃO

1º DIA Quarta-feira (24/06/2015)

9h-12h: Minicursos

Minicurso 1: O Cinema na História e o Cinema Sobre a História: O Uso do Filme como Recurso Metodológico para o Ensino de História Medieval

Ministrante: Prof. Ms. Cristiano Ferreira de Barros (Mestre em História pelo PPHR/UFRRJ)

Local: Sala de Reuniões do PPHR/UFRRJ no PPG.

Minicurso 2: As Mulheres na Realeza Medieval: “Queenship” e Relações de Poder


Ministrante: Profa. Doutoranda Danielle de Oliveira dos Santos-Silva (PPHR/UFRRJ)


Local: Auditório do PAT (Pavilhão de Aulas Teóricas).


Sessões de Comunicação

13:00-14:30 > MESA  1

Coordenador de Mesa: Cristiano Ferreira de Barros

Agostinho de Hipona e o debate com o Paganismo no século V d. C. (Fabiano de Souza Coelho) – Doutorando PPGHC/UFRJ – CAPES

Poder Episcopal, Sexualidades e Humanidade no Império Romano (Séculos IV e V). Notas sobre um Projeto de Pesquisa. ( Wendell dos Reis Veloso) – Doutorando PPHR/UFRRJ - CAPES

O Político em Serápis: Legitimação Imperial na cunhagem monetária alexandrina do II séc. (Caroline Oliva Neiva) – Mestranda PPGHC/UFRJ

A navegação astronômica e os contatos marítimos da Creta minóica e o Egito no período MM III 1600 e 1200 LM III a.C (Novas abordagens com a arqueo-astronomia). (Marcos Davi Duarte da Cunha) Mestre PPGH/UERJ
MAAT COMO ARMA POLÍTICA E MILITAR NO REINADO DO FARAÓ THUTMÉS III (Alex Paulo Sales de Oliveira) – Pós-graduando NEA/UERJ


14:30 – 16:00 > MESA 2

Coordenador de Mesa: Danielle de Oliveira dos Santos-Silva

Participação política dos mesteirais de Lisboa durante a transição dinástica de Avis - uma análise do documento de 1 de abril de 1384 (Bruno Marconi da Costa) – Doutorando PPGHC/UFRJ – CAPES

Doença e pecado no Portugal do início do século XV: a peste no laudário de Mestre André Dias (Nathália de Ornelas Nunes de Lima) – Graduanda UFRRJ

A estrutura hierárquica da divisão das almas nos espaços do Além medieval. (Solange Pereira Oliveira) - Doutorando PPGH/UFF – CAPES

As relações de poder a partir da análise das crônicas de Gomes Eanes de Zurara. (Keila Natacha Silva de Lima) – Mestranda PPHR/UFRRJ


16:00 – 17:30 > MESA 3

Coordenador de Mesa: Anna Beatriz Esser dos Santos

A Cidade das Damas de Christine de Pizán: as vozes de Razão Retidão e Justiça (Anna Beatriz Esser dos Santos) - Doutoranda PPGHC/UFRJ – CAPES

As concepções de autoridade e sociedade presentes no Pietismo judaico proposto pelo Sefer Hassidim (Cristiano Ferreira de Barros) – Mestre PPHR/UFRRJ

Além de um toque: possibilidades de estudo da sacralidade régia além da taumaturgia da Inglaterra do início do século XV. (Caio de Barros Martins Costa) – Graduando UFRRJ

O Sexo como Discurso Legitimador em Al-Nafzawi (Celia Daniele Moreira de Souza) – Mestranda PPGHC/UFRJ – CAPES


18:30 – 20:00 Conferência de Abertura:

“Iacopo de Varazze Autor”

Conferencista: Prof.ª Dr.ª Neri de Barros Almeida (UNICAMP)


2º DIA (25/06/2015)

10h-12h: Mesa Redonda (Local: Auditório do PAT - Pavilhão de Aulas Teóricas)

Possibilidades para uma História Medieval de Gênero
Prof.ª Dr.ª Carolina Coelho Fortes (Translatio Studii – Núcleo Dimensões do Medievo/ UFF/PUCG)
“A Produtividade Chamada Texto”: A Semanálise como Método de Abordagem em Fontes Medievais
Prof. Dr. Marcelo Berriel (PPHR/LEPEM/IM/UFRRJ)
Sermões e Atas Conciliares na Primeira Idade Média: Considerações Teóricas e Metodológicas
Prof. Dr. Paulo Duarte (PPGHC/PEM/IH/UFRJ)

Sessões de Comunicação

13:00-14:30 > MESA  4

Coordenador de Mesa: Juliana Salgado Raffaeli

A análise da representação do mal cavaleiro na obra “O livro da Ordem de Cavalaria (1279-1283)” em Aragão (Diogo Rodrigues dos Santos) – Especialista NEA/UERJ

O uso da chanson de Roland na formação de um ideal cavaleiresco (Renan Perozini Gomes Barrozo) - Pós-graduando NEA/UERJ

Devshirme: o processo cultural de recrutamento de jovens cristãos sob o domínio do Império Otomano na Europa, século XV. (Lucas Martiniano Pereira) - Pós-graduando NEA/UERJ

Entre o Medievo e a Modernidade – A Revolução Militar na Inglaterra (Hiram Alem) – Mestrando PPGHC/UFRJ - CAPES


14:30 – 16:00 > MESA 5

Coordenador de Mesa: Mayara Fernanda Silva dos Santos

Imagem e Persuasão: o ciclo iconográfico do Ars Moriendi (c.1450). (Patrícia Marques de Souza). – Mestranda PPGHIS/UFRJ

A espiritualidade cristã: os desafios de um estudo no medievo  (Mayara Fernanda Silva dos Santos) – Mestranda PPHR/UFRRJ

A escrita da história da Antiguidade no Brasil oitocentista: um estudo do Compendio de Historia Universal (1860), de Justiniano José da Rocha (Douglas de Melo Altoé) – Mestrando PPHR/UFRRJ


16:00 – 17:30 > MESA 6

Coordenador de Mesa: João Guilherme Lisbôa Rangel

Hagiografia no reino franco: primeiras considerações à luz da historiografia (Bárbara Vieira dos Santos) - Mestranda PPGHC/UFRJ – CAPES

Uma análise comparada sobre a figura do diabo na Vita Sancti Aemiliani e Vita Columbani: aspectos introdutórios (Izabela Morgado da Silva) - Mestranda PPGHC/UFRJ – CAPES

O monacato nas hagiografias de Venâncio Fortunato: os casos de Radegunda e Albino (Juliana Prata da Costa) - Mestranda PPGHC/UFRJ – CAPES

O isolamento monástico no reino visigodo do século VII: uma análise comparada de Isidoro de Sevilha e de Valério do Bierzo (Juliana Salgado Raffaeli) - Doutoranda PPGHC/UFRJ - CAPES


18:00 – 21:00 >Minicurso

 Tipologia da Santidade Medieval: um Tema Antigo numa Fonte do Século XIII

Ministrante: Prof. Mestrando João Guilherme Lisbôa Rangel (PPHR/UFRRJ)

Local: Sala de Reuniões do PPHR/UFRRJ no PPG.


RESUMO: MINICURSOS


MINICURSO 1: O CINEMA NA HISTÓRIA E O CINEMA SOBRE A HISTÓRIA: O USO DO FILME COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA O ENSINO DE HISTÓRIA MEDIEVAL

Prof. Ms. Cristiano Ferreira de Barros (Mestre em História pelo PPHR/UFRRJ)

O cinema se constitui como artefato cultural importante na cultura de massa do século XX. Na sociedade de redes típica do século XXI, ele continua ocupando um lugar central na propagação do que Rüsen chamou de cultura histórica. Qual o sentido da apropriação do cinema pela historiografia? Quais as possíveis funções que pode ocupar enquanto ferramenta para o aprendizado da história e mais especificamente da história medieval? A partir das tensões e conflitos que compõem a produção cinematográfica e de suas leituras à luz da história, filosofia e psicanálise, buscaremos responder a tais questões, enfatizando as principais tendências acerca do uso do filme na História e no Ensino.


MINICURSO 2: AS MULHERES NA REALEZA MEDIEVAL: QUEENSHIP E RELAÇÕES DE PODER

Profª. Doutoranda Danielle de Oliveira dos Santos-Silva (PPHR/UFRRJ)

Este minicurso se propõe ao estudo das mulheres da realeza medieval europeia e suas prerrogativas de exercício do poder político. Ainda que o poder no mundo medieval fosse um monopólio masculino, a rainha era uma mulher diferente das outras, e por sua posição na família e no reino sempre esteve em condições de aproveitar as oportunidades criadas por vazios de poder: quebra de linhagem, menoridade real, guerras e doenças eram situações comuns, que por vezes faziam com que a rainha fosse a única pessoa legitimamente apta para assumir o governo do reino. Rainhas eram filhas, esposas, irmãs, sobrinhas de reis. E ocupavam papéis sucessivos ou simultâneos como Rainha-Regente, Rainha-Consorte, Rainha-Reinante, Rainha-Mãe, Rainha-Viúva, Rainha-Tenente. O conceito de Queenship engloba o estudo dos papéis da rainha e seu possível sucesso em relação aos usos de sua sexualidade, sua maternidade, caridade, piedade e possibilidades de intercessão. Buscaremos através de exemplos e fontes aplicar estes conceitos em nosso curso, com o objetivo de atrair novos olhares para esta fascinante área de pesquisa.



MINICURSO 3: TIPOLOGIA DA SANTIDADE MEDIEVAL: UM TEMA ANTIGO NUMA FONTE DO SÉCULO XIII

Prof. Mestrando João Guilherme Lisbôa Rangel (PPHR/UFRRJ)

Tendo em vista que o martírio data do início do cristianismo, muitos pesquisadores apontam que sua incidência em uma fonte do século XIII, a saber, a Legenda Áurea evidenciaria uma predileção do autor dominicano Jacopo de Varazze por um modelo de santidade arcaico. Contudo, este tipo de afirmação pode conduzir a uma falsa compreensão da fonte. Ao colocar o martírio como um modelo meramente arcaico, esvazia-se sua complexidade, bem como os interesses do autor e o impacto deste modelo de santidade no século XIII. Sendo assim, o martírio aparece como mera predileção pelo arcaico ou escolha intencional? É isso que este minicurso pretende discutir.








RESUMO: COMUNICAÇÕES


MAAT COMO ARMA POLÍTICA E MILITAR NO REINADO DO FARAÓ THUTMÉS III

(Alex Paulo Sales de Oliveira) – Pós-graduando NEA/UERJ

A Guerra é, no fundo, o intermédio para assegura a ordem. Esse pensamento se limita a ideia de que a guerra e o empenho mútuo entre os homens e os deuses para manter o equilíbrio cósmico egípcio. A pesquisa requer em analisar a potencialidade de Maat na cosmovisão egípcia, levando em conta o seu parecer no expansionismo egípcio no reinado do Faraó Thutmés III nas cidades conquistadas de Meggido. Pontuando o sentido da guerra para os egípcios, entender as estratégias no expansionismo religioso e cultural pautados na ordem cósmica egípcia.

Palavras - Chave: Maat, Guerra, Ordem


A CIDADE DAS DAMAS DE CHRISTINE DE PIZÁN: AS VOZES DE RAZÃO RETIDÃO E JUSTIÇA

(Anna Beatriz Esser dos Santos) - Doutoranda PPGHC/UFRJ – CAPES
Esta comunicação objetiva refletir sobre o livro A cidade das Damas de Christine de Pizan e sua reivindicação do espaço feminino através da sabedoria. O livro é escrito em forma alegórica, através de diálogos entre as três personagens femininas, a Razão, a Retidão e a Justiça, que conversam com Christine em um sonho diurno e propõem a construção de uma cidade reservada a todas as mulheres, de variados estratos sociais.
Palavras - Chave: Idade Média, Mulher, Christine de Pizán

HAGIOGRAFIA NO REINO FRANCO: PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES À LUZ DA HISTORIOGRAFIA
(Bárbara Vieira dos Santos) - Mestranda PPGHC/UFRJ – CAPES
A presente comunicação tem como principal objetivo identificar o papel da literatura hagiográfica no Reino Franco, privilegiando os séculos VI e VII. Para tal, analisaremos produções historiográficas que tratem em especial dessa temática. Na conjuntura estudada as fontes hagiográficas assumem singular peculiaridade por abrangerem aspectos relacionados não só ao religioso, mas também ao político e social.
Palavras - Chave: hagiografia, reino franco, historiografia

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DOS MESTEIRAIS DE LISBOA DURANTE A TRANSIÇÃO DINÁSTICA DE AVIS - UMA ANÁLISE DO DOCUMENTO DE 1 DE ABRIL DE 1384
(Bruno Marconi da Costa) – Doutorando PPGHC/UFRJ – CAPES


O presente trabalho analisa a participação política dos mesteirais lisboetas durante o processo de transição dinástica avisina. Utilizaremos a carta outorgada no dia 1 de abril de 1384 por D. João Mestre de Avis, na qual consta uma série de exigências feitas pelos mesteirais, moradores e povoadores de Lisboa ao Regedor e Defensor do reino. Abordaremos o documento a partir da experiência social desses agentes inseridos no processo histórico, relacionando-a com o conteúdo das reivindicações.

Palavras - Chave: Lisboa, mesteirais, D. João I


ALÉM DE UM TOQUE: POSSIBILIDADES DE ESTUDO DA SACRALIDADE RÉGIA ALÉM DA TAUMATURGIA DA INGLATERRA DO INÍCIO DO SÉCULO XV
(Caio de Barros Martins Costa) – Graduando UFRRJ
Um modelo de realeza, um modelo de sacralidade pautada na taumaturgia. Assim muitos historiadores procuraram analisar o que se convém chamar de sacralidade régia, principalmente na França e Inglaterra após a obra de Marc Bloch. O que se pretende mostrar neste trabalho é a possibilidade de análise de outros elementos que podem constituir a sacralidade na realeza inglesa no início do século XV, utilizando como fonte principal The Regiment Of Princes de Thomas Hoccleve.
Palavras - Chave: Sacralidade régia, Realeza inglesa, História política

O POLÍTICO EM SERÁPIS: LEGITIMAÇÃO IMPERIAL NA CUNHAGEM MONETÁRIA ALEXANDRINA DO II SÉC.
(Caroline Oliva Neiva) – Mestrando PPGHC/UFRJ
Serápis é uma divindade egipto-helenística cujo atributo primordial, a Legitimação dos governantes Lágidas (323-30 a.C.), foi apropriado pelos imperadores Romanos durante a dominação do Egito (30 a.C. – 395 d.C). Largamente difundido na cunhagem monetária provincial, o caráter Legitimador de Serápis será analisado nesta comunicação a partir da interpretação do discurso imperial contido em moedas cunhadas em Alexandria, durante o governo dos Imperadores Antoninos (96-192).
Palavras - Chave: Serápis, Legitimação Imperial, Antoninos


O SEXO COMO DISCURSO LEGITIMADOR EM AL-NAFZAWI
(Celia Daniele Moreira de Souza) – Mestranda PPGHC/UFRJ – CAPES
A proposta desta comunicação é discutir como “O Jardim Perfumado” demonstraria a tensão de superioridade e de legitimidade entre as culturas de elite (hassa) e do povo (amma) ao instruir sobre a importância do sexo na vida em sociedade. O estudo e a sistematização da prática sexual para o Islã medieval representariam um equilíbrio de forças dos papéis sociais vigentes, com o corpo sendo encarado como um “corpo coletivo”, e um discurso da sexualidade que corroboraria valores culturais implícitos.
Palavras - Chave: Sexualidade, Islã, Al-Nafzawi

AS CONCEPÇÕES DE AUTORIDADE E SOCIEDADE PRESENTES NO PIETISMO JUDAICO PROPOSTO PELO SEFER HASSIDIM
(Cristiano Ferreira de Barros) – Mestre PPHR/UFRRJ
O Pietismo defendido no Sefer Hassidim discursa sobre uma nova forma de religiosidade, um conjunto de diretrizes e práticas ascéticas e um sistema penitencial ainda mais rigoroso que seus adeptos deveriam seguir. Com a proposta aqui apresentada, buscaremos analisar o processo de reorganização sociorreligiosa que o Pietismo demanda de seus adeptos em torno de uma nova autoridade comunitária, o Hassid Hacham, responsável pela inserção dos judeus nesse caminho austero que caracteriza a representação sociorreligiosa trazida pelo Sefer Hassidim.
Palavras - Chave: Sefer Hassidim; Pietismo; Hassid Hacham

A ANÁLISE DA REPRESENTAÇÃO DO MAL CAVALEIRO NA OBRA “O LIVRO DA ORDEM DE CAVALARIA (1279-1283)” EM ARAGÃO
 (Diogo Rodrigues dos Santos) – Especialista NEA/UERJ
Em nossa exposição almejamos analisar a representação da Cavalaria no século XIII, a partir da concepção de Michel de Certeau. Essa análise será construída com enfoque no papel representação do mal cavaleiro, como foi proposto pelo Ramon Llull em sua obra “O livro da Ordem de Cavalaria (1279-1283)”. Como metodologia para elaborarmos tal abordagem, usaremos a Análise de Discurso para que possamos elencar essa representação junto ao seu contexto social. Com esse aparato teórico-metodológico pretendemos demonstrar as possíveis motivações e como o autor constrói a concepção de um cavaleiro caracterizado por certos vícios, assim tendo um comportamento que seria incorreto para o período.
Palavras - Chave: Representação, Mal Cavaleiro, vícios

A ESCRITA DA HISTÓRIA DA ANTIGUIDADE NO BRASIL OITOCENTISTA: UM ESTUDO DO COMPENDIO DE HISTORIA UNIVERSAL (1860), DE JUSTINIANO JOSÉ DA ROCHA
(Douglas de Melo Altoé) – Mestrando PPHR/UFRRJ
A questão norteadora da minha pesquisa é a seguinte: como se escrevia a história da Antiguidade no Brasil oitocentista? Minha fonte de pesquisa é a primeira obra historiográfica de História Antiga produzida em nosso país, o Compendio de Historia Universal, publicado em 1860, cujo autor é Justiniano José da Rocha. Também analiso outros compêndios de História Antiga, produzidos no Brasil do século XIX, e que estão arquivados no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Palavras - Chave: História da Antiguidade, Brasil oitocentista, Compêndios

AGOSTINHO DE HIPONA E O DEBATE COM O PAGANISMO NO SÉCULO V D. C.
(Fabiano de Souza Coelho ) – Doutorando PPGHC/UFRJ – CAPES
Agostinho (354-430 d. C.) foi bispo da cidade de Hipona, norte da África romana, sendo uns dos maiores pensadores de sua época. Suas concepções e propostas marcaram tanto a religião cristã de seu tempo quanto de períodos posteriores. A presente comunicação tem como objetivo demonstrar como Agostinho organizou a obra a Cidade de Deus em torno do seu debate com o Paganismo como instrumento de reafirmação da identidade do Cristianismo no Mundo Tardo Antigo.
Palavras - Chave: Sacralidade régia, Realeza inglesa, História política

ENTRE O MEDIEVO E A MODERNIDADE – A REVOLUÇÃO MILITAR NA INGLATERRA
(Hiram Alem) – Mestrando PPGHC/UFRJ – CAPES
A presente comunicação, desenvolvida no âmbito do Mestrado em História Comparada da UFRJ, tem por objetivo compreender algumas questões a respeito da transição entre a Idade Média e aquele entendido como Modernidade. Buscamos aqui fomentar o questionamento sobre as formas como tal divisão temporal se construiu na historiografia, bem como sua aplicabilidade. Nosso olhar irá centrar-se, nos aspectos militares referentes à Inglaterra entre os períodos acima citados.
Palavras - Chave: História Militar, Inglaterra, Medievo


UMA ANÁLISE COMPARADA SOBRE A FIGURA DO DIABO NA VITA SANCTI AEMILIANI E VITA COLUMBANI: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
(Izabela Morgado da Silva) - Mestranda PPGHC/UFRJ – CAPES
Nessa comunicação pretendemos apresentar os aspectos introdutórios de uma análise comparada entre duas hagiografias do século VII: a Vita Sancti Aemilliani, escrita no reino visigodo, e a Vita Columbani, no reino franco. Teremos como principal eixo comparativo a figura do diabo utilizada nos dois documentos, mas com objetivos distintos. Portanto, interessa-nos discutir com base na historiografia, algumas considerações sobre as diferentes atribuições dadas à figura do demônio nessas hagiografias.
Palavras - Chave: Diabo, hagiografia, século VII

O MONACATO NAS HAGIOGRAFIAS DE VENÂNCIO FORTUNATO: OS CASOS DE RADEGUNDA E ALBINO
(Juliana Prata da Costa) - Mestranda PPGHC/UFRJ – CAPES
Este trabalho tem como temática principal traçar as considerações iniciais acerca do estudo da manifestação monástica no reino franco, durante o século VI. Mais especificamente trataremos das referências a este fenômeno a partir de duas hagiografias escritas pelo poeta e bispo italiano Venâncio Fortunato: a Vita Sancti Radegundis e Vita Sancti Albini dedicadas, respectivamente, a Radegunda de Poitiers e Albino de Angers. Ao analisar o discurso hagiográfico, como primeira etapa de nossa pesquisa de Mestrado, buscamos nestas vidas de santos as referências quanto ao monacato e a relação estabelecida entre este objeto e o contexto de produção dos documentos. Por fim, destacamos que uma de nossas preocupações será o diálogo com a historiografia quanto a este tema específico.
Palavras - Chave: hagiografia, monacato, Reino Franco

O ISOLAMENTO MONÁSTICO NO REINO VISIGODO DO SÉCULO VII: UMA ANÁLISE COMPARADA DE ISIDORO DE SEVILHA E DE VALÉRIO DO BIERZO
(Juliana Salgado Raffaeli) - Doutoranda PPGHC/UFRJ – CAPES
Tendo em vista a pesquisa de mestrado desenvolvida, sob o título “O eremitismo no reino visigodo do século VII: um estudo comparado da auto-hagiografia de Valério do Bierzo e do discurso episcopal em Isidoro de Sevilha”, buscamos dar conta de um dos aspectos analisados na dissertação: a definição das proposições eremíticas do berciano e do sevilhano e traçar, por meio da comparação, suas semelhanças e diferenças.
Palavras - Chave: Monacato, Eremitismo, Hagiografia

AS RELAÇÕES DE PODER A PARTIR DA ANÁLISE DAS CRÔNICAS DE GOMES EANES DE ZURARA
(Keila Natacha Silva de Lima) – Mestranda PPHR/UFRRJ
Este trabalho visa apresentar as primeiras reflexões acerca da analise das relações de poder em Portugal do baixo medievo, sobretudo, no período de governo de Afonso V e no contexto de expansão portuguesa em direção ao continente africano. Para tanto, toma-se como ponto de partida o estudo da Crônica da Tomada de Ceuta e a Crônica do Descobrimento e Conquista da Guiné, ambas produzidas pelo cronista oficial do reino Gomes Eanes Zurara.
Palavras - Chave: Relações de poder, Crônicas, Gomes Eanes Zurara

DEVSHIRME: O PROCESSO CULTURAL DE RECRUTAMENTO DE JOVENS CRISTÃOS SOB O DOMÍNIO DO IMPÉRIO OTOMANO NA EUROPA, SÉCULO XV
(Lucas Martiniano Pereira) - Pós-graduando NEA/UERJ
A proposta desta comunicação é apresentar uma análise sobre a relação sociocultural presente no contato entre otomanos e sociedades da Europa Oriental que estavam sob o julgo do Império Otomano no século XV, abordando o processo de recrutamento militar infantil, o devshirme, que utilizou crianças cristãs e judias dessas regiões. Estabeleceremos um diálogo historiográfico que aponte a questão do discurso de resistência ao recrutamento infantil e as consequências dessa prática.
Palavras - Chave: Império Otomano, Recrutamento infantil, Islã

A NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA E OS CONTATOS MARÍTIMOS DA CRETA MINÓICA E O EGITO NO PERÍODO MM III 1600 E 1200 LM III A.C (NOVAS ABORDAGENS COM A ARQUEO-ASTRONOMIA)
(Marcos Davi Duarte da Cunha) Mestre PPGH/UERJ
Através das novas abordagens da Arqueoastronomia, podemos compreender a capacidade do alcance e os contatos comerciais proporcionados pelos cretenses e seus navios o que contribuiu ao crescimento dos palácios na ilha com o fortalecimento de suas realezas. Sua influência abrangeu todo Egeu e Mediterrâneo. Todavia, tal façanha pode estar ligada visceralmente à sua posição geográfica privilegiada e à observação do céu em prol de suas rotas marítimas.
Palavras - Chave: Minóicos, Talassocracia, Astronomia



A ESPIRITUALIDADE CRISTÃ: OS DESAFIOS DE UM ESTUDO NO MEDIEVO
(Mayara Fernanda Silva dos Santos) – Mestranda PPHR/UFRRJ
O conceito de espiritualidade foi apropriado, especialmente pelo historiador André Vauchez, para entendimento do mundo religioso no contexto medieval. No entanto, sendo este um conceito cunhado no século XIX, seu uso, em si só já se apresenta enquanto um problema para o historiador. A presente comunicação se propõe a pensar o uso do conceito para o período, entendendo o medievo como um mundo dinâmico que vivenciou diferentes ênfases espirituais ao longo de seus dez séculos.
Palavras - Chave: Espiritualidade, Idade Média, Cristianismo

DOENÇA E PECADO NO PORTUGAL DO INÍCIO DO SÉCULO XV: A PESTE NO LAUDÁRIO DE MESTRE ANDRÉ DIAS
Nathália de Ornelas Nunes de Lima) – Graduanda UFRRJ
Composta em 1435 pelo bispo André Dias, a obra Laudes e Cantigas Espirituais contém traduções para o português de cantigas religiosas italianas, mas também textos em prosa originais elaborados pelo religioso português. O objetivo deste trabalho é analisar, a partir dos relatos sobre a epidemia de peste em Lisboa de 1432 constantes em alguns desses textos, como a doença era encarada pelas autoridades religiosas portuguesas no fim da Idade Média.
Palavras – Chave: Literatura Portuguesa Medieval, Doença, Pecado

IMAGEM E PERSUASÃO: O CICLO ICONOGRÁFICO DO ARS MORIENDI (C.1450)
(Patrícia Marques de Souza). – Mestranda PPGHIS/UFRJ
Este trabalho se propõe a analisar as funções das imagens do fiel à beira da morte em um livro que surgiu no século XV, a Ars Moriendi. A Arte de Morrer tinha como principal objetivo preparar o cristão para o momento do transitus. A representação do moribundo em seus últimos minutos de vida pretendia incentivar a reflexão sobre a vida, sobre o cumprimento das virtudes e sobre o risco das dores infernais. A contemplação dessas imagens visava persuadir o cristão a nunca se esquecer do memento mori.
Palavras - Chave: Morte, Imagens, Iconografia



O USO DA CHANSON DE ROLAND NA FORMAÇÃO DE UM IDEAL CAVALHEIRESCO
(Renan Perozini Gomes Barrozo) - Pós-graduando NEA/UERJ
Em nossa pesquisa, procuraremos entender através da análise do discurso, as maneiras pelas quais o autor da Chanson de Roland, embora alvo de controvérsias e sem um consenso quanto a sua identidade, procurou modelar um tipo de cavaleiro ideal, através da construção de uma memória. Apoiando-se na hipótese de que a preservação escrita da canção, representaria a tentativa de construção de uma memória, e assim, a criação de um tipo ideal de cavaleiro.
Palavras - Chave: Memória, Cavaleiro, Canção

A ESTRUTURA HIERÁRQUICA DA DIVISÃO DAS ALMAS NOS ESPAÇOS DO ALÉM MEDIEVAL
(Solange Pereira Oliveira) - Doutorando PPGH/UFF – CAPES
A versão portuguesa do manuscrito Visão de Túndalo, códice 244, apresenta o imaginário da estrutura espacial de alocação das almas no Além Medieval dividido em Inferno, Purgatório e Paraíso, caracterizando assim uma hierarquização das almas em cada um desses lugares da geografia do Além. E dependendo do comportamento aqui embaixo, cada alma recebe no Além as suas devidas recompensas, conforme os ensinamentos clericais.
Palavras - Chave: Além Medieval., Almas,Visão de Túndalo

PODER EPISCOPAL, SEXUALIDADES E HUMANIDADE NO IMPÉRIO ROMANO (SÉCULOS IV E V). NOTAS SOBRE UM PROJETO DE PESQUISA

Wendell dos Reis Veloso – Doutorando PPHR/UFRRJ – CAPES

Aos séculos IV e V atribui-se o fortalecimento do poder dos bispos cristãos no Império Romano. Neste processo, as sexualidades, a partir de um discurso de paulatina heteronormatização das comunidades à época, possuem grande importância para a forja de uma identidade cristã ortodoxa. Em nossa pesquisa doutoral objetivamos investigar como o discurso do bispo Agostinho de Hipona se valeu de supostos pecados sexuais para a atribuição de diferentes estatutos de Humanidade.

Palavras - Chave: Império Romano, Sexualidades, Humanidade


       


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